sexta-feira, 11 de maio de 2012

Delicadezas


    

Se pudesse te curava. Se pudesse, me curava também. Olhar no fundo do seu olhar e não poder dizer nada porque não há nada que se possa dizer... Por enquanto é assim.  É, é só esperar, esperar que um dia se curem as feridas ou ao menos parem de sangrar. Sabe-se lá porque sei das suas, talvez porque bebi de seu copo, talvez seja uma ressonância simpática, empatia, a essência colhida nos sons. Sim, nos sons, porque as palavras são imprecisas, incapazes de traduzir a poesia da alma. Mas... a música... ah, a música entra nos espaços mais recônditos. A música desce aos infernos, ultrapassa as esferas celestes, voa longe, entra em sintonia e volta da viagem organizada, como um retrato em movimento, como flashes de luz apreendidos pela câmera aberta. A música cura. Cura sim, devagar, com carinho, atenção. A beleza cura. Cura sim, devagar, com carinho, atenção. O Amor cura. Cura sim,  se aproxima devagar, e com carinho, atenção e paciência cuida silenciosamente dos afetos.  

3 comentários:

  1. Lindo! Você está plena de arte minha amiga... transbordando, deixando vazar em notas, sons, palavras, afetos... é uma honra ser sua amiga/irmã, com carinho Solange Sá

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    1. Obrigada, amiga-irmã, companheira de psitices! A vida tá sendo legal com a gente...beijãooooo

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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