terça-feira, 9 de junho de 2015

Lá em cima do piano

         Lá em cima do piano tinha um copo de veneno. Bebi, morri, renasci mais forte. Tem mais veneno lá em cima do piano, saborosas sombras de sons.

domingo, 7 de junho de 2015

Acordar

         Acordar é estar de acordo com a vida, experimentar, perceber e observar  a cada momento as emoções,  recebendo e entregando com coração. É saber-me sagrada, humana, divina, mulher, música etc;  é saber-me UNO e ao mesmo tempo interagir conhecendo, usando, transformando as reais expressões da alma, as qualidades energéticas individuais. É alçar vôos, é brincar com amigos, é brilhar e alimentar brilhos.  É saber que a batalha já está vencida, que todos os caminhos levam a Brahman, que está tudo certo e que estou aqui para viver a vida em todas as dimensões que o  nível de consciência do momento permitir. É saber-me em crescimento e expansão. É saber-me,  no meio dessa aventura, Tudo e Nada. 

          GRATIDÃO !!!

A plenitude do vazio

       Na condução de um exercício no curso de mediunidade, no qual nos imaginávamos em uma ilha deserta, foi pedido para levarmos na mochila cinco pedras, representando as coisas essenciais em nossas vidas. 

        No primeiro momento, pensei no piano, diapasão, lápis, papel e, quando estava para decidir a última pedra, o facilitador disse ao grupo para pedir assistência aos amigos espirituais, amparadores, ao EU Superior. Assim fiz, e no mesmo momento a mochila foi preenchida com Sabedoria, Poder, Amor, Saúde e Confiança. 

      Estava me sentindo ótima com essas "pedras", voando pelos percursos sugeridos, até o momento de decidir jogar a primeira, segunda, terceira, quarta pedra...

      Não me lembro da sequência das primeiras, só me lembro do desespero ao abandonar da mochila a última, o Amor.

      O vazio era pleno. Acredito ter experimentado a sensação de vacuidade. 

( Em abril de 2014, no Curso de Mediunidade da Maísa Intelisano; condutor do exercício: PC Pena ) 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O conto do sapo, escorpião, Banderas e Dietrich

         Era uma vez um escorpião que pediu passagem a um sapo para chegar a outra margem do rio. Enquanto o sapo pensava no que dizer, lembrou-se que, tempos atrás, havia dado carona a outro de sua espécie e sobrevivido à picada. Como se sentia mais forte depois de ter recebido o veneno, ficou até com saudade da natureza dos escorpiões. 

       Estava para dizer SIM quando, num piscar de olhos, foi arrancado do rio, recebeu um beijo do Antonio Banderas e se transformou na Marlene Dietrich em sua versão balzaquiana. Banderas, entorpecido pela beleza e talento da rainha, jurou amor eterno a dama e a pediu em casamento. Uauuu!!!

        Marlene sapinho Dietrich olhou para Banderas, depois olhou para o escorpião, olhou de novo para Banderas, olhou de novo para o escorpião e aí olhou pra si mesma. Olhou para si mesma. Olhou de novo para si mesma, respirou fundo e, realmente, gostou muito do que viu. 

         Então, com todo charme, sensualidade, delicadeza, elegância etc, cantou as seguintes palavras para os dois cavalheiros: "Quero mais da vida!" 

         E assim saiu, por aí, rodopiando seu lindo vestido de seda.