terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Desfazendo nós

    Quando vejo, estou a desembaraçar correntes. Não gosto nem desgosto disso, as oportunidades simplesmente aparecem e faço, nesses casos, desfaço os nós.  
      Sou boa nisso, muitos colares e pulseiras já perceberam, sabem que podem se enrolar na minha frente sem ficarem amarrados ou correrem o perigo de serem quebrados por dedos menos habilidosos.
     Enquanto denodo mais uma corrente, rio sozinha, pensando na simbologia  da ação, como desbloquear energias paradas, estranguladas pelos nós, e percebo o quanto a fluidez é vital para meu Ser.
       Observo que partes de mim se articulam na execução da tarefa e, naquele momento, sou apenas paciência, lógica, abstração, tranquilidade, delicadeza, mas também estranhamente inteira e presente na ação. 
      Desta vez foi mais fácil, rápido, em poucos segundos pude apreciar os pingentes brilhando de felicidade em poder circular livremente por toda a corrente. 

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